domingo, 31 de março de 2013

"CADA MACACO NO SEU GALHO"

Olá!


Voltando para relatar um pouco sobre os seminários da última terça-feira, 26/03/13.

O grupo de internet e educação trouxe várias questões para o debate, porém irei a destacar duas delas por achar mais importantes, neste momento, para o contexto sócio educacional.  A primeira se refere a expansão e acessibilidade aos serviços de conexão para as populações das periferias e pequenas cidades. Os dados oficiais dão conta de que as operadoras não têm interesse em "cobrir" essas áreas porque são populações de baixa renda que não podem pagar Banda larga. Há setores do governo e da sociedade civil brigando, ou melhor, defendendo que é necessário investimento público privado. O governo precisa entrar com sua parte e legislar sobre uma obrigatoriedade das operadoras investirem parte dos seus lucros (são valores estupendos) na expansão quantitativa e qualitativa dos serviços à população. Veja este vídeo



Voce pode acessar outros videos sobre o assunto   no You tube. Há vários vídeos com o professor Nelson preto e com Pedro Case sobre o movimento popular pela democratização da internet. São por razões econômicas e falta de vontade política que não temos todas as escolas conectadas a este serviço que já se tornou básico e não é possível funcionar bem sem ele.

Uma outra questão está relacionada  ao internetês. Há muita gente incomodada com este fenômeno na comunicação virtual e botando a culpa na internet pelo fato dos jovens estarem desaprendendo a escrever e o que será das crianças(que também já estão viciadas)? Estas e outras indagações acusativas estão ai todo dia. A elite burguesa global mostra os dados de desempenho educacional e tece críticas ao governo, à escola por não estarem intervindo nessa nova realidade tecnológica. 

Sabemos que o internetês é uma realidade dessa nova dinâmica das relações virtuais, do pouco tempo para dar conta de responder, de falar com todos os amigos ao mesmo tempo, etc, etc... Acreditamos que estes sujeito que estão vivendo esses mutantes papéis podem dar conta de tantas linguagens e gêneros textuais  que lhes forem apresentados e ensinados. Poderíamos parafrasear o ditado "cada macaco no seu galho" - cada linguagem no seu contexto. QUEM USA O INTERNETÊS É AQUELE (A) QUE JÁ DOMINA A ESCRITA DA NORMA GRAMATICAL, POR ISSO ESTÁ APTO (A) PARA INTERFERIR NESSA NORMA E CRIAR OUTRA.

Acredito que como professora  /educadora que sou e que somos todos(as) nós, discutiremos e orientaremos nossos alunos sobre como escrever nos mais variados gêneros considerando o contexto social de cada um. Alunos com uma boa formação crítica, produtores de novos saberes não irão se confundir e cometer equívocos quando tiverem que escrever um texto formal como uma redação para emprego, vestibular, concurso, etc. Saberão discernir que a escrita não segue necessariamente o modo de falar. Ela não é homogênea, assim como também não é a fala ou os falares.

Vou ficando por aqui, pois este assunto "dá muito pano para as mangas".

iiiihhhh! Não falei sobre os impressos. Volto amanhã tá e falo um pouquinho, viu?

















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